O conceito de desenvolvimento sustentável como norteador das políticas públicas em vários níveis veio a exigir a mensuração da situação de conjuntos territoriais de diversas escalas quanto à sustentabilidade, de modo a permitir retratar tanto a situação de determinado momento quanto sua evolução histórica. Este artigo faz uma resenha dos principais indicadores de sustentabilidade utilizados atualmente numa variedade de contextos, e avalia suas potencialidades como instrumentos de mensuração de sustentabilidade na Amazônia. Examinam-se, então: (a) indicadores de viés econômico (PIB, ISEW, GPI); (b) indicadores focalizados na dimensão ecológica (ESI, EPI, Pegada Ecológica); (c) indicadores de felicidade sustentável (HPI); e (d) indicadores equilibrados (Painel da Sustentabilidade, Barômetro da Sustentabilidade, SSI). Nenhum deles satisfaz inteiramente os austeros Dez Princípios de Bellagio, mas todos podem ser adaptados, com maior ou menor dificuldade e adequação, a escalas compatíveis com cada estudo dentro da Amazônia, e podem constituir ferramentas importantes para estudos comparativos de sustentabilidade. Um sistema apropriado de indicadores de aplicação multidimensional poderá ilustrar com clareza os rumos da Região Amazônica, dentro de um debate científico, político e social.