The overlooked bodies of the data city (video)
Les corps ignorés de la ville des données (vidéo)
Os corpos esquecidos da smart city (video)
Résumé
My proposal is on the fringes of the notion of the 'city of data'. It focuses on highlighting individuals who are marginalised and excluded from the data-centric urban vision. The project consists of a videography of a fictitious urban territory created using photogrammetries of homeless people in São Paulo. By capturing these bodies-on-the-ground and their spatial situation on the fringes of private property, the aim is to highlight the rejects of the utilitarian and logistical model of the smart city. These individuals become an allegorical visual figure, a contemporary version of Walter Benjamin's ragpicker, questioning our own relationship with the connected urban society and its in/humanity. Given the proliferation of data from so-called smart surveillance cameras, this experiment questions the use of information and communication technologies to strategically improve urban life. The proposed thinking is both philosophical and poetic-artistic, focusing on two aspects: an approach to writing and reading the territory, and a practice and representation of the city. The aim is to give a form to the overlooked people of the 'city in the making'. With this in mind, I take an aesthetic approach to both the videographic journey and the methodology of photogrammetric recording. It's a call to rethink the city of data based on the bodies that lie there, the distress of the world being the subject and not something to be chased out of our sights.
Ma proposition se situe à la marge de la notion de "ville des données". Elle se concentre sur la mise en lumière des individus marginalisés et exclus de la vision urbaine centrée sur les data. L'approche consiste en une vidéographie d’un territoire urbain fictif créé en utilisant des photogrammétries de personnes sans domicile fixe à São Paulo. En captant ces corps-à-terres et leur situation spatiale situés en marge des propriétés privées, l'objectif est de mettre en évidence les rebuts du modèle utilitariste et logistique de la smart city. Ces individus deviennent une figure visuelle allégorique, une version contemporaine du chiffonnier de Walter Benjamin, remettant en question notre propre relation avec la société urbaine connectée et son in/humanité. Face à la prolifération de données provenant de caméras dites intelligentes, cette initiative questionne les technologies de l’information et de la communication à des fins d’améliorations stratégiques de la vie urbaine. De même, là où les services de cartographie en ligne, tels que ceux des GAFAM, se concentrent sur les bâtiments et les itinéraires, mon approche crée une topographie opposée en faisant des individus et des objets des "points vivants". La réflexion proposée est à la fois philosophique et poético-artistique, centrée sur deux aspects : une approche d'écriture et de lecture du territoire, ainsi qu'une pratique et une représentation de la ville. L'objectif est de donner forme aux ignorés de la "ville en devenir". En ce sens, j'aborde par des considérations esthétiques à la fois le parcours vidéographique et la méthodologie de captations photogrammétriques. Un appel à re/penser la ville des données à partir des corps qui gisent, la détresse du monde étant le sujet et non pas quelque chose à chasser de nos vues.
Nossa proposta está à margem da noção de "cidade dos dados". Ela se concentra em destacar indivíduos marginalizados e excluídos da visão urbana centrada em dados. A abordagem consiste em uma videografia de um território urbano fictício criado usando fotogrametrias de moradores de rua em São Paulo. Ao capturar esses corpos no solo e sua situação espacial à margem da propriedade privada, o objetivo é destacar as rejeições do modelo utilitário e logístico da cidade inteligente. Esses indivíduos se tornam uma figura visual alegórica, uma versão contemporânea do trapeiro do Walter Benjamin, questionando nossa própria relação com a sociedade urbana conectada e sua in/humanidade. Confrontada com a proliferação de dados das chamadas câmeras inteligentes, essa iniciativa questiona o uso das tecnologias de informação e comunicação para melhorias estratégicas da vida urbana. A reflexão proposta é filosófica e poético-artística, concentrando-se em dois aspectos: uma abordagem para escrever e ler o território e uma prática e representação da cidade. O objetivo é dar forma às pessoas ignoradas da "cidade em construção". Neste sentido, abordamos tanto a jornada videográfica quanto a metodologia de captura fotogramétrica por meio de considerações estéticas. É um chamado para repensar a cidade dos dados com base nos corpos que ali se encontram, sendo a angústia do mundo o assunto, e não algo a ser afastado de nossas vistas.
