Na França como em muitos outros países, as mulheres têm grandes dificuldades de aceder a postos de direção no interior das estruturas sindicais, mesmo quando são implementadas políticas de igualdade, como no caso da CFDT (Confederação Francesa Democrática do Trabalho) desde 1982. Com base em cerca de cinquenta biografias e observações de cursos de formação e de congressos, esta pesquisa explora os fatores estruturais, organizacionais e individuais que possibilitaram a uma minoria de mulheres tornarem-se dirigentes sindicais nos anos de 2000. Examinaremos especialmente a inter-relação entre as políticas internas de igualdade de gênero e outras dimensões, tais como as lutas entre facções políticas internas, a evolução do trabalho sindical, a seletividade social em termos de nível de qualificação e do emprego inicialmente ocupado, e a relação com o feminismo.