A partir da experiência do ensino de Português em dois contextos institucionais diferentes, este trabalho tem por objetivo examinar a questão da diversidade dos públicos universitários que estudam uma língua pouco ensinada no ensino superior francês, sob o prisma do papel de elemento federador de aprendizagens que podem desempenhar os Centros de Recursos Multimídia para as Línguas (CRL). De fato, o trabalho no CRL é essencial para responder a necessidades que podem se expressar tanto no nível individual (nível nano), como no nível dos grupos de aprendizes (nível micro), ou ainda no nível institucional (nível meso). Do nosso ponto de vista, o CRL ̶ em vez de sustentar práticas homogeneizadoras ̶ é o espaço mais apropriado para a expressão de diferentes necessidades e para a implementação de percursos de aprendizagem diferenciados, justamente por constituir o lugar e a ocasião que permitem ao aprendiz se tornar ator da sua aprendizagem. Para a nossa análise, examinaremos, do ponto de vista qualitativo e quantitativo, dois tipos de diários de aprendizagem (DdA): os DdA gerados automaticamente pelas plataformas e os DdA redigidos pelos alunos.